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ICNF deixa corço ferido, durante 3 dias, sem assistência veterinária

  • Foto do escritor: Milvoz - APCN
    Milvoz - APCN
  • 19 de jun.
  • 2 min de leitura

Situação recente espelha problemas profundos na atuação do ICNF face à sua responsabilidade de gerir a receção e encaminhamento de animais selvagens feridos ou debilitados. Carrinha que deveria fazer o transporte dos animais para recuperação está avariada há cerca de um ano.


Na passada sexta-feira, a Milvoz foi contactada para intervir junto das entidades competentes, com o objetivo de garantir o rápido encaminhamento de um corço atropelado para um centro de recuperação. O animal, que na altura não se levantava e se mostrava apático, demonstrava a necessidade de uma avaliação e cuidados veterinários urgentes.

No entanto, e apesar dos vários contactos efetuados, o transporte apenas foi concretizado na segunda-feira seguinte, ou seja, mais de 70 horas após a primeira notificação da ocorrência. Durante esse longo e inadmissível período de espera, o animal ferido permaneceu sem qualquer avaliação veterinária especializada, tendo apenas recebido cuidados mínimos assegurados por voluntários, que lhe forneceram água e pressionaram insistentemente as entidades responsáveis.

A gritante ineficiência do ICNF face a esta situação em concreto ficou rapidamente a nu: a viatura oficial destinada ao transporte de animais selvagens de grande porte para recuperação está avariada há cerca de um ano. Esta grave constatação levanta questões profundas relativamente à eficiência de atuação do ICNF face àquelas que são as suas competências. Em muitos dos casos, a rapidez na atuação faz toda a diferença no sucesso da operação e na sobrevivência do animal.

Desde 2021, a inexistência de um polo de receção funcional no Choupal (Coimbra) impede a prestação de cuidados imediatos a animais feridos ou dependentes, obrigando a transportes regulares dos animais diretamente para o centro de recuperação. Em consequência disso, muitos animais permanecem durante horas, ou até mesmo dias - como foi o caso deste corço - em sofrimento evitável, desprovidos de assistência veterinária ou alimentação adequada, até que o transporte até ao centro de recuperação seja concretizado.

A Milvoz exige esclarecimentos concretos ao ICNF:

- Como estão a ser transportados os animais, uma vez que a única carrinha do serviço destinada para esse fim permanece inoperacional há cerca de um ano?

- Que resposta é dada aos casos críticos, em que a sobrevivência depende de cuidados imediatos?

- Que alternativas estruturais existem para garantir uma atuação célere e efetiva, face à ausência de um polo de receção na região?

As sucessivas promessas não cumpridas sobre a reativação do polo de receção regional acumulam-se ano após ano, com prejuízos diretos e severos no sucesso das operações de recuperação, no bem-estar dos animais e na credibilidade das instituições envolvidas.

Não é aceitável que a resposta pública a estas situações continue a ser marcada por negligência, inoperância e ausência de responsabilidade. A Milvoz continuará a denunciar e a exigir uma resposta estrutural, célere e digna, à altura da missão e competências do ICNF.

 
 
 

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