
Renascer das cinzas
Crowdfunding 2025
O momento para salvar o Vale da Aveleira é agora!
No passado mês de agosto, um incêndio de grandes dimensões esventrou no coração do bosque ancião da Bio-Reserva Integral do Vale da Aveleira, deixando um enorme rastro de morte e destruição. Esta mata antiga, que se desenvolveu ao longo de séculos, vê agora a sua continuidade seriamente posta em causa.
Só uma atuação precisa e estratégica após o fogo poderá salvar este ecossistema único.




Acompanhe esta campanha aqui e não se esqueça de contribuir! O seu apoio é essencial.
​
A Milvoz pretende atingir o objetivo de 25.000 € angariados, que serão exclusivamente aplicados à recuperação do mítico Vale da Aveleira.
​
Para efetuar o seu donativo:
​
IBAN Milvoz: PT50-0033-0000-45568966521-05
MBWay Milvoz: 914 311 592
​​
​
Em nome da Natureza, o nosso Obrigado!
O Vale da Aveleira é, para a Milvoz, a jóia da coroa da sua rede de Bio-Reservas. Tínhamos por hábito descrever esta área como um autêntico paraíso de biodiversidade, onde um vasto número de árvores centenárias, de várias espécies autóctones, prosperaram ao longo de séculos e deram origem a habitats extremamente raros no atual contexto paisagístico português. Esta Bio-Reserva podia, assim, ser compreendida como um portal para o passado, permitindo testemunhar o que seria o coberto vegetal de grande parte do país. Até agosto deste ano, este local encontrava-se praticamente intocado pelo ser humano, permitindo à natureza respirar ao ritmo dos seus ciclos e encontrar um equilíbrio que diariamente nos fazem crer ser utópico.




Infelizmente, este verão trouxe consigo alguns dos incêndios mais destrutivos da história do nosso país. A Bio-Reserva Integral do Vale da Aveleira, bem como uma parte considerável da Serra da Lousã, onde se inclui, não escapou ao poder avassalador do fogo, alimentado pelas imensas áreas florestais pirófitas que cobrem hoje a região. A dimensão e pujança das chamas, que evoluíram num cenário de temperaturas muito altas e vento forte, foram tais que nem as florestas ultra maduras do Vale da Aveleira resistiram à sua passagem.
Duas semanas depois deste incêndio, a nossa única Bio-Reserva Integral encontra-se negra, profundamente afetada, sobrando pouco do verde luxuriante que a caracterizava. Os bancos de sementes de acácias, que já existiam na envolvente e esperavam por uma catástrofe como esta, têm agora a oportunidade ideal para germinar e começar a invadir estas encostas pristinas. É tempo de lutar contra esta terrível ameaça, que pode comprometer irremediavelmente a recuperação desta mata antiga. Precisamos de concentrar todos os nossos esforços na eliminação destas e quaisquer outras plantas invasoras, favorecendo assim a regeneração natural das espécies autóctones que procuram resistir.




​​Para isso, a Milvoz precisa da sua ajuda! Necessitamos de recursos financeiros para concretizar uma estratégia que nos permita percorrer sistematicamente o conjunto de vales de muito difícil acesso que se encaixam nos cerca de 75 hectares do Vale da Aveleira, identificando e controlando os focos de invasões biológicas ao longo dos próximos anos.
Um pouco por todo o lado, as acácias já estão a germinar maciçamente, incluindo nas áreas mais pristinas do bosque:
​
​
​
​
​
​
O crowdfunding que agora lançamos permitir-lhe-á fazer parte da solução para que castanheiros, azereiros, medronheiros e azinheiras venham a reconstituir parte do que ali existia, criando as condições necessárias para a recolonização do espaço pela diversa comunidade de outros organismos que outrora o povoavam e do qual dependiam. Se estiver interessado em colaborar para revalorizar e dar voz à natureza deste local tão especial, em conjunto com as muitas pessoas que se demonstraram preocupadas com os impactos do incêndio junto da Milvoz, não hesite em prestar o seu apoio.
Perante os sucessivos incumprimentos do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas no que respeita à proteção da Zona Especial de Conservação da Serra da Lousã, é mais uma vez a sociedade civil que é chamada a agir para proteger o património que é de todos nós. Na ausência de respostas por parte do Estado português, a Milvoz não baixará os braços para defender um dos últimos redutos da mais esplêndida diversidade de vida que a zona Centro nos presenteia.





Nas cicatrizes deixadas na paisagem, encontramos agora as cinzas de onde renasceremos.​​​
Venha fazer parte desta ação e apostar na resiliência ecológica desta área tão única e especial!




A estratégia que pretendemos concretizar e para a qual o seu donativo será essencial:
- Monitorização contínua e deteção de focos de invasões biológicas em locais de difícil acesso e de orografia acidentada
- Produção e um plano de controlo e erradicação de invasoras (Acacia dealbata, Acacia melanoxylon, Hakea salicifolia)
- Contratação de recursos humanos, entre 2026 e 2028, para a execução de campanhas de remoção de germinação e rebentação de espécies invasoras em toda a área da Bio-Reserva (75 hectares)​
- Acompanhamento dos processos de regeneração natural
- Identificação de necessidades de sementeira de espécies arbóreas de proveniência local​​
​​​​
A tarefa que temos pela frente exigirá um esforço hercúleo. São 750.000 metros quadrados, de muito difícil acesso, nos quais germinarão invasoras (situação essa que, um mês e meio após a passagem do fogo, já podemos infelizmente constatar). Décadas de proliferação de invasoras na serra conduziram a um cenário em que existem sementes acumuladas um pouco por todo o lado, mesmo nas áreas outrora bem preservadas e intocadas. Com a passagem do fogo, a sua germinação é agora abundante e mostra-nos que o futuro desta área estará irremediavelmente comprometido se não atuarmos já.
