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Um dia debaixo de terra



Foi com grande entusiasmo que verificámos que a recém-constituída Bio-Reserva da Morena acolhe um algar no seu interior. Contudo, as suas natureza e dimensões eram ainda desconhecidas. Resolvemos por isso contactar o GPS - Grupo Protecção Sicó, uma ONGA com quem mantemos excelentes relações, para nos permitir descer ao algar e explorá-lo em toda a segurança.



Especialistas em espeleologia, os membros do GPS possuem todo o material e conhecimento necessários para realizar esta aventura. Bastava apenas transmiti-lo aos curiosos membros da Milvoz. Assim, a 17 de Junho fomos até à escarpa da Senhora da Estrela na Serra do Sicó para uma formação que nos preparou para o dia seguinte. Chegado o dia D, encontrámo-nos na Bio-Reserva da Morena e caminhámos juntos ao longo do bosque mediterrânico até à entrada do algar no topo do monte.



Um a um, descemos pelo estreito poço de entrada. Ao atingir uma plataforma a 5 metros de profundidade ficamos boquiabertos ao descobrir a dimensão da galeria principal do algar, com uma vertical direta de 30 metros. Ao descer até ao fundo, os nossos frontais desvendaram-nos maravilhosas paredes repletas de espeleotemas e um grande amontoado de pedras que foram enviadas pelas pessoas desde a superfície ao longo dos séculos, potencialmente para tornar a terra arável. Descobrimos ainda alguma vida neste ambiente inóspito à primeira vista. Salamandras, aranhas, cogumelos e indícios de morcegos. Porém, também se encontram no local ossadas de coelhos e canídeos.



Agradecemos de todo o coração ao GPS por ter acedido ao nosso desafio com toda a disponibilidade e amabilidade. Graças a esta colaboração, ficámos a conhecer a dimensão real do património natural da Bio-Reserva da Morena. Podemos agora dizer que o espetro de influência da Milvoz vai além da superfície e até habitats subterrâneos são por nós alvo de conservação.



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